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domingo, 8 de fevereiro de 2015

39 ( História da Redenção) Pedro Liberto da Prisão - Parte Final



                                                    Resposta à Oração 

    O apóstolo se encaminhou de pronto à casa onde seus irmãos estavam reunidos para orar, e achou-os naquele momento empenhados em fervorosa prece em seu favor. "E, batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar: e, conhecendo a voz de Pedro, de gozo não abriu a porta, mas,  correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta. E disseram-lhe: Estás fora de ti. Mas ela afirmava que assim era. E diziam. É o seu anjo. Mas Pedro perseverava em bater, e, quando abriram, viram-no, e se espantaram. E, acenando-lhes ele com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão, e disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo partiu para outro lugar." Atos 12:13-17. 

    Alegria e louvor encheram o coração dos crentes porque Deus ouvira e atendera a suas orações, e libertara Pedro das mãos de Herodes. Pela manhã uma grande multidão se reuniu para testemunhar a execução do apóstolo. Herodes enviou oficiais à prisão para buscarem a Pedro, que devia ser trazido com grande aparato de guardas e armas, não apenas para se evitar possível fuga, como também para intimidar os simpatizantes e exibir seu próprio poder. Havia a guarda à porta da prisão, os ferrolhos e barras ainda estavam intatos, a guarda no interior, as cadeias presas aos pulsos dos dois soldados; mas o prisioneiro desaparecera. 

    correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta. E disseram-lhe: Estás fora de ti. Mas ela afirmava que assim era. E diziam. É o seu anjo. Mas Pedro perseverava em bater, e, quando abriram, viram-no, e se espantaram. E, acenando-lhes ele com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão, e disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo partiu para outro lugar." Atos 12:13-17. 

    Alegria e louvor encheram o coração dos crentes porque Deus ouvira e atendera a suas orações, e libertara Pedro das mãos de Herodes. Pela manhã uma grande multidão se reuniu para testemunhar a execução do apóstolo. Herodes enviou oficiais à prisão para buscarem a Pedro, que devia ser trazido com grande aparato de guardas e armas, não apenas para se evitar possível fuga, como também para intimidar os simpatizantes e exibir seu próprio poder. Havia a guarda à porta da prisão, os ferrolhos e barras ainda estavam intatos, a guarda no interior, as cadeias presas aos pulsos dos dois soldados; mas o prisioneiro desaparecera. 

                                    A Recompensa de Herodes 

    Quando o relatório dessas coisas foi trazido a Herodes, ele ficou exasperado, e acusou os guardas da prisão de infidelidade. Foram, conseqüentemente, condenados à morte pelo alegado crime de terem dormido em seu posto. Ao mesmo tempo, Herodes sabia que nenhum poder humano havia livrado a Pedro, mas estava decidido a não reconhecer que um poder divino estivera em operação para lhe frustrar os vis desígnios. Não se humilharia dessa maneira, e colocou-se em ousado desafio a Deus. 

    Não muito tempo depois do livramento de Pedro da prisão, Herodes desceu da Judéia a Cesaréia e ali permaneceu algum tempo. Fez uma grande festa, destinada a provocar admiração e aplausos do povo. Tal festa foi assistida pelos amantes do prazer de todas as regiões, e houve muita glutonaria e bebedice. Herodes fez uma suntuosa aparição diante do povo. Vestido em roupas em que rebrilhavam prata e ouro, os raios do Sol refletindo em suas luminosas dobras, deslumbravam os olhos dos que o contemplavam. Com grande pompa e cerimônia ergueu-se perante a multidão e dirigiu-lhe um eloqüente discurso. 

    A majestade de sua aparência e a força de sua linguagem bem escolhida dominaram a assembléia com poderosa influência. Estando já seus sentidos pervertidos pelo comer e beber, ficaram deslumbrados pela resplandecente ornamentação de Herodes, e encantados pelo seu porte e oratória; e, possuídos de selvagem entusiasmo, cumulavam-no de lisonja, proclamando-o um deus, declarando que nenhum mortal podia apresentar igual aparência ou possuir tão impressionante eloqüência de linguagem. Declararam mais que, conquanto o houvessem sempre respeitado como governador, dali em diante o adorariam como a um deus. 
    Herodes sabia que não merecia nenhum dos louvores e homenagens; todavia, não censurou a idolatria do povo, aceitando-a como se lhe fosse devida. O brilho do orgulho satisfeito era visível em sua face quando ouviu a exclamação: "Voz de Deus, e não de homem!" Atos 12:22. As mesmas vozes que agora glorificavam um vil pecador, alguns anos antes elevaram-se num frenético clamor: Fora com Jesus! Crucifica-O! crucifica-O! Herodes recebeu esta adulação e homenagem com grande prazer, e seu coração transbordou de triunfo; subitamente, porém, sobreveio-lhe rápida e terrível mudança. Seu     rosto se tornou pálido como a morte e contorcido pela agonia; grandes gotas de suor lhe brotavam dos poros. Ficou por um momento como que traspassado de dor e terror; então, volvendo a face branqueada, lívida para seus amigos tomados de horror, exclamou em tom cavo e desesperado: Aquele que exaltastes como um deus, é ferido de morte! 

    Sofrendo a mais cruciante angústia, foi retirado daquela cena de orgia, ostentação, zombaria e pompa, as quais agora abominava em sua alma. Um momento antes ele tinha sido o alvo orgulhoso do louvor e adoração daquela vasta multidão - agora se compenetra de que se acha nas mãos de um Governante mais poderoso do que ele próprio. Remorsos o apanham; lembra-se de sua ordem cruel para matar o inocente Tiago; lembra-se de sua implacável perseguição aos seguidores de Jesus, e de seu desígnio de tirar a vida do apóstolo Pedro, a quem Deus livrou de sua mão; lembra-se de como, em seu desgosto e decepcionada raiva, tirara uma injusta desforra dos guardas da prisão, executando-os sem misericórdia. Sentia que Deus, que libertara da morte o apóstolo, estava agora a tratar com ele, o implacável perseguidor. Não encontrava alívio para a dor do corpo nem para a angústia do espírito, e nem esperava encontrar. Herodes conhecia a lei de Deus, que diz: "Não terás outros deuses diante de Mim" (Êxo. 20:3), e sabia que, aceitando a adoração do povo, enchera a medida de sua iniqüidade e acarretara sobre si a justa ira de Deus. 

    O mesmo anjo que viera das cortes celestiais para libertar a Pedro do poder de seu perseguidor, fora o mensageiro da ira e juízo a Herodes. O anjo tocou em Pedro para despertá-lo do sono, mas foi com um contato diferente que ele feriu o     ímpio rei, trazendo sobre ele castigo mortal. Deus lançou o desprezo sobre o orgulho de Herodes, e aquele que fora exibido, adornado em brilhante aparência diante do olhar admirado do povo, era agora comida de bichos e se putrefazia ainda em vida. Herodes morreu em grande angústia de espírito e corpo, sob o juízo retributivo de Deus. 

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