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terça-feira, 11 de março de 2014

1 - A Queda de Lúcifer - Parte 3


    Rebelar-se contra o governo de Deus foi o maior crime. Todo o Céu parecia estar em comoção. Os anjos foram dispostos em ordem por companhias, cada divisão com o mais categorizado anjo à sua frente. Satanás  estava guerreando contra a lei de Deus, por causa da ambição de exaltar-se a si mesmo, e por não desejar submeter-se à autoridade do Filho de Deus, o grande comandante celestial. 

    Toda o exército celestial foi convocado para comparecer perante o Pai, a fim de que cada caso ficasse decidido. Satanás ousadamente fez saber sua insatisfação por ter sido Cristo preferido a ele. Permaneceu orgulhoso e instando que devia ser igual a Deus e introduzido a conferenciar com o Pai e entender Seus propósitos. Deus informou a Satanás que apenas a Seu Filho Ele revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, e mesmo de Satanás, que Lhe rendessem implícita e inquestionável obediência; mas que ele (Satanás) tinha provado ser indigno de ter um lugar no Céu. Então Satanás exultantemente apontou aos seus simpatizantes, quase a metade de todos os anjos, e exclamou: "Estes estão comigo! Expulsarás também a estes e deixarás tal vazio no Céu?" Declarou então que estava preparado para resistir à autoridade de Cristo e defender seu lugar no Céu pelo poder da força, força contra força. 

    Os anjos bons choraram ao ouvir as palavras de Satanás e sua exultante arrogância. Deus declarou que os rebeldes não mais podiam permanecer no Céu. Seu estado elevado e feliz tinha sido conservado sob a condição de obediência à lei que Deus dera para governar as elevadas ordens de seres. Mas nenhuma provisão tinha sido feita para salvar os que se aventurassem a transgredir Sua lei. Satanás tornou-se mais ousado em sua rebelião, e expressou seu desprezo à lei do Criador. Esta Satanás não podia suportar. Declarou que os anjos não precisavam de lei, mas deviam ser livres para seguir a própria vontade, a qual os guiaria sempre retamente; que a lei era uma restrição a sua liberdade; e que a abolição da lei   era um dos grandes objetivos da posição que assumira. A condição dos anjos, pensava ele, necessitava de aperfeiçoamento. Assim não pensava Deus, que tinha feito leis, colocando-as em igualdade consigo mesmo. A felicidade de todos os anjos dependia de sua perfeita obediência à lei. Cada um tinha seu trabalho especial designado e, antes da rebelião de Satanás, existira no Céu perfeita ordem e ação harmônica. 

    Então houve guerra no Céu. O Filho de Deus, o Príncipe do Céu, e Seus anjos leais empenharam-se num conflito com o grande rebelde e com aqueles que se uniram a ele. O Filho de Deus e os anjos verdadeiros e leais prevaleceram; e Satanás e seus simpatizantes foram expulsos do Céu. Toda o exército celestial reconheceu e adorou o Deus da justiça. Nenhuma mácula de rebelião foi deixada no Céu. Tudo voltara a ser paz e harmonia como antes. Os anjos do Céu lamentaram a sorte daqueles que tinham sido seus companheiros de felicidade e alegria. Sua perda era sentida no Céu. 

    O Pai consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu propósito de fazer o homem para habitar a Terra. Colocaria o homem sob prova a fim de testar sua lealdade, antes que ele pudesse ser posto eternamente fora de perigo. Se ele suportasse o teste com o qual Deus considerava conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos. Teria o favor de Deus podendo conversar com os anjos, e estes, com ele. Deus não achou conveniente colocar os homens fora do poder da desobediência. 

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