Moisés
Quando este cruel decreto estava na sua maior força, nasceu
Moisés. Sua mãe o ocultou enquanto podia ter alguma segurança, e então preparou
um pequeno cesto de junco, vedando-o com piche, para que nenhuma água entrasse
na pequena arca, e colocou-o na água junto à margem enquanto sua irmã ficou ali
por perto com aparente indiferença. Vigiava ansiosamente para ver o que
aconteceria a seu irmãozinho. Os anjos também vigiavam, para que nenhum dano
ocorresse à indefesa criança, ali colocada por uma amorosa mãe e confiada ao
cuidado de Deus por suas ferventes orações entremeadas de lágrimas.
E esses anjos guiaram os
passos da filha de Faraó para o rio, bem perto de onde fora deixado o pequeno e
inocente desconhecido. Sua atenção foi atraída para o pequeno e estranho cesto
e ela mandou que uma de suas criadas fosse
buscá-lo. Quando removeu a tampa do pequeno cesto singularmente construído, viu
um lindo bebê, "e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão
dele". Êxodo 2:6. Sabia que uma terna mãe hebréia tinha seguido este
método peculiar para preservar a vida de seu bem-amado bebê, e decidiu de uma
vez que ele seria seu filho. A irmã de Moisés imediatamente veio em sua direção
e perguntou: "Irei eu a chamar uma ama das hebréias, que crie este menino
para ti? E a filha de Faraó disse-lhe: Vai." Êxodo 2:7-8.
Alegremente correu a irmã à
sua mãe e relatou-lhe as felizes novas e, conduzindo-a a toda pressa à filha de
Faraó, que entregou a criança à mãe para criá-la, sendo liberalmente paga para
criar seu próprio filho. Com gratidão essa mãe deu início a sua tarefa, agora
feliz e segura. Ela cria que Deus tinha preservado a vida de seu filho.
Fielmente aproveitou a preciosa oportunidade de educá-lo com respeito a uma
vida de utilidade. Era mais específica em sua instrução do que na dos outros
filhos; pois tinha confiança que fora preservado para alguma grande obra. Por
meio de fiéis ensinamentos, ela instilou na sua mente jovem o temor de Deus e o
amor pela verdade e justiça.
Não descansou aqui em seus
esforços, mas fervorosamente orou a Deus por seu filho, para que fosse
preservado de toda influência corruptora. Ensinou-o a prostrar-se e orar a
Deus, o Deus vivo, pois apenas Ele podia ouvi-lo e ajudá-lo em qualquer
emergência. Procurou impressionar sua mente com a pecaminosidade da idolatria.
Sabia que ele logo seria separado de sua influência e entregue a sua real mãe
adotiva, para ser rodeado de influências tendentes a fazê-lo
descrer da existência do Criador dos Céus e da Terra.
As instruções recebidas de seus pais foram
de molde a fortificar-lhe a mente e protegê-lo de ser exaltado e corrompido
pelo pecado, tornando-se soberbo em meio ao esplendor e à extravagância da vida
na corte. Possuía mente clara e coração compreensivo, e nunca perdeu as
piedosas impressões recebidas na juventude. Sua mãe conservou-o tanto quanto
pôde, mas foi obrigada a separar-se dele quando tinha cerca de doze anos,
tornando-se ele então o filho da filha de Faraó.
Aqui Satanás foi derrotado. Levando Faraó
a destruir os meninos, pensava anular o propósito de Deus e aniquilar aquele
que Deus suscitaria para libertar Seu povo. Mas esse mesmo decreto, condenando
as crianças hebréias à morte, foi o meio usado por Deus para colocar Moisés na
família real, onde teria vantagens para tornar-se homem entendido e
eminentemente qualificado para tirar do Egito Seu povo.
Faraó esperava elevar ao
trono seu neto adotivo. Educou-o para estar à frente dos exércitos do Egito e
guiá-los nas batalhas. Moisés era o grande favorito dos exércitos de Faraó e
honrado porque conduzia a guerra com superior perícia e sabedoria. "E
Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas
palavras e obras." Atos 7:22. Os egípcios consideravam Moisés como
personalidade notável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário